fonte: The NY Times

Os 86 pacientes com câncer tinham tumores no pâncreas, próstata, útero ou nos ossos. Ainda assim, esses pacientes tinham algumas coisas em comum. Todos estavam em estágios avançados da doença.

Todos também possuíam mutações genéticas que impediam as células de reparar o DNA danificado. E todos fizeram parte dos testes de um medicamento que ajuda o sistema imune a atacar tumores.

Os resultados, publicados na revista científica “Science”, são tão impressionantes que a FDA (agência que regula medicamentos nos EUA) já aprovou a droga, o pembrolizumabe, vendido como Keytruda, para pacientes cujo câncer tenha origem na mesma anormalidade genética.

Essa é a primeira vez que um medicamento é aprovado para uso contra tumores que compartilham determinada característica genética, a despeito do local do corpo onde se encontrem.

No estudo, 66 pacientes tiveram seus tumores diminuídos e estabilizados, ao invés de continuarem a crescer. Entre eles, 18 se livraram permanentemente dos tumores.

A droga, da Merck, já está no mercado para pacientes com algumas formas avançadas de câncer no pulmão, melanoma e nos rins. Custa cerca de US$ 156 mil ao ano.

Apenas 4% dos pacientes com câncer têm o tipo de aberração genética suscetível ao pembrolizumabe. Contudo, isso representa até 60 mil pessoas ao ano só nos EUA.